Silencioso Eco

                Desde 1992, após o Eco Rio 92, começou a brotar por todos os cantos pessoas ecologicamente corretas, vegetarianos, defensores do verde, empregos ambientalistas, ONGs para ampliar a preservação ambiental e a ideia de desenvolvimento urbano sustentável, o qual esta última vem ganhando um certo espaço, ideologicamente, na cabeça do povo.
                A partir disso começamos a ter uma educação ecológica desde a educação infantil, nas escolas, virando quase uma neurose coisas como reciclagem, aquecimento global/resfriamento global, desmatamento florestal/reflorestamento entre outros. Mas a realidade é que pouco destes projetos ecológicos entraram em prática, devido ao fator econômico. Enquanto ecologia não for algo lucrativo, pouco se fará.
                 Podemos ver claramente a relação entre lucro, comodismo e ecologia na nossa realidade quando falamos de desenvolvimento urbano sustentável.
                As pessoas reclamam diariamente sobre o transito caótico das cidades e da poluição gerada por esses veículos e sonham com um transito mais brando e com um ar mais limpo, mas ninguém larga mão de andar em seus carros para se utilizarem de ônibus, taxis e outros transportes alternativos, como bicicletas. Uma realidade tão presente, que “todos” querem tirar suas carteiras de motorista o mais breve possível e aos 18 anos mesmo ganharem seu primeiro carro.
No Brasil o desenvolvimento urbano sustentável é para as pessoas como dinheiro, todos acham bom, mas ninguém quer trabalhar para tê-lo. Ninguém quer abrir mão de sua parte, se sacrificar para ter.
                Podemos ver o comodismo e o lucro se sobrepondo novamente ao vermos a construção de um condomínio de luxo exatamente onde era uma reserva florestal e ficar por isso mesmo e a construção de um Shopping Center onde era a nascente de um rio. Ambos os casos de uma das cidades mais ecológicas do Brasil: Goiânia, Goiás. E o povo novamente não passou de mera platéia.
                Mas apesar disso tudo e de ninguém fazer praticamente nada em prol disto, a idéia de um desenvolvimento urbano sustentável existe, é uma necessidade para que o planeta e a raça humana sobrevivam.

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                Perspectiva geral das pessoas sobre árvores antes de 92 como simplesmente: coisa verde que ocupa espaço, que serve de matéria-prima para determinadas coisas e que dificulta o crescimento urbano. Depois de 1992: seres vivos que fazem a manutenção da vida através da fotossíntese, que devem ser preservados e assim ajudaremos a diminuir o aquecimento global, catástrofes ambientais etc.

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                Recomendação:  Blogs do além  — publicados em Carta Capital (escrito por Vitor Knijnik)

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