Filhos da Guerra Fria

    Já no final da década de 1980, ficara evidente que o Capitalismo imperaria no mundo, e esse estava cada vez mais forte devido ao desenvolvimento (da 3ª revolução industrial) que obteve durante o período da Guerra Fria ( como já previsto por Legião Urbana em casos como esse, explicitado em sua música A Canção Do Senhor da Guerra ["Uma guerra sempre avança a tecnologia / mesmo sendo guerra santa, quente, morna ou fria (...)"] ).
    A tecnologia fruto deste desenvolvimento fez gerar como produto algo que afetaria, permanentemente, as futuras gerações: a internet.
    Como muitas das coisas utilizadas por nós, a internet também foi criada para princípios bélicos inicialmente, em que seria um modo eficiente de comunicação entre bases subterrâneas caso houvesse uma guerra nuclear, além de poder salvar informações essenciais, sobre tudo, em bancos de dados (subterrâneos), sem precisar reservar quilômetros e mais quilômetros para papeis (livros, fotos/ imagens, arquivos,...).
    Mas por melhor que seja qualquer invenção, a humanidade sempre consegue lhe atribuir um lado negativo.
    Já no início do século XXI, um quarto da população mundial já possui internet em casa, com esse número percentual quase crescendo em proporções de progressão geométrica (assustador!), trazendo vários lados positivos, que você leitor já deve ter pelo menos uma noção mínima, já que está a ler esta postagem. Porém para contra-balancear a equação da matrix, há uma compensação negativa.
    Dos inúmeros pontos ruins, como hackers (crakers), vírus, alienação, falência de enciclopédias impressas (Barsa v.s. Wikipédia —> Wikipédia won!), fácil e rápida propagação do funk (...), vou focar hoje naquilo que aparentava ser uma coisa boa da internet: a informação.
    Não estou dizendo que a livre e rápida circulação de informação propagada seja ruim e sim que ela tem um lado ruim (um pouco inesperado até). Comecemos pelo lado bom:
    Além do básico, dentre as quais tal tipo de informação situa as pessoas sobre as coisas do mundo, dando  a elas a oportunidade de reagirem contra ou afavor, além de ajudar a formar pensamento...
    Temos do lado bom, como incentivado pelo famoso grupo hacker, inspirados no filme V de Vingança (muito bom!), Anonymous, as pessoas estão virando fontes diretas, publicando os acontecimentos de acordo com o que elas estão presenciando, ou seja, fatos (de uma guerra, por exemplo) sem censura ou manipulação da mídia [como aconteceu na Primavera Árabe]. O grupo Wikileaks também, incentivador da causa, tem contribuindo expondo a corrupção de governos, denunciando atos imorais de governos contra os direitos humanos, entre outras coicitas mais.
    Mas tanta informação fez surgir (como já dito) algo inesperado: uma síndrome da informação (ou síndrome do excesso de informação).
    Nas palavras de Gilberto Dimenstein, "[...]O excesso de informação já produziu até mesmo a versão 2001 dos hipocondríacos: são os cybercondríacos que passam a apresentar sintomas imaginários. Quem tem a síndrome não consegue dormir: não quer perder tempo e quer continuar consumindo informações. As pessoas com quadro agudo dessa síndrome são assoladas por um sentimento constante de obsolescência, a sensação de que estão se tornando inúteis, imprestáveis, ultrapassadas.[...]".
    Mas isso é por que está acontecendo mais coisas no mundo ou simplesmente por que está mais fácil a divulgação de informação?
    Enfim, parece que o mundo está girando mais rápido e alguns não estão aguentando tanta informação e isso está pifando alguns. Como a vovó já dizia: Todo excesso faz mal!

    E como fica o conhecimento na sociedade da informação?

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